CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO

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CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO

É o nome que se dá ao conjunto de tumores que se manifestam na boca, na faringe, na laringe, fossas nasais, seios paranasais, glândulas salivares e tireóide. Os tumores malignos dessas localidades, correspondem a 6% de todos os tipos de câncer. No Brasil, os cânceres de boca, laringe e tireóide são um dos tumores mais comuns dessa região.

Quais são os tumores da cabeça e pescoço:
• Boca (Cavidade oral): Inclui lábios, língua, assoalho da boca e palato – que se divide em mole e duro – e é mais conhecido como céu da boca.
• Seios da face: Maxilares, frontais, etmoidais e esfenoidais;
• As três porções da faringe: Nasofaringe (atrás da cavidade nasal), orofaringe (onde se encontra a amígdala, base da língua e palato mole) e hipofaringe (porção final da faringe, junto ao início do esôfago);
• As três porções da laringe: Supraglote, glote e subglote;
• Outras estruturas: Glândulas salivares, vasos sanguíneos, músculos e nervos da região e a glândula tireoide.

O QUE CAUSA O CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO:

• Tabaco: O tabagismo é o principal fator isolado que causa o câncer de cabeça e pescoço. Todos os tipos de cigarro, chrarutos e cachimbo podem causar câncer. Parar de fumar é uma medida fundamental para reduzir o risco de se desenvolver o câncer de cabeça e pescoço.
• Álcool: Assim como em outros tipos de câncer, o consumo frequente de álcool é um fator que aumenta o risco de aparecimento destes tumores, principalmente quando associado ao cigarro.
• Infecções virais pelo vírus do papiloma humano (HPV): O HPV é um vírus transmitido principalmente pelas relações sexuais, podendo causar lesões na vagina, no pênis, no ânus, vulva, colo de útero, cavidade oral e orofaringe. Em alguns casos, essa lesão pode estar presente também na pele, nas cordas vocais (laringe) e no esôfago. Há vários tipos de HPV, sendo que somente os de alto risco podem causar câncer. Na cabeça e pescoço o subtipo HPV16 é o mais frequentemente encontrado e pode estar associado principalmente ao câncer na orofaringe (garganta), em especial aos tumores da amígdala.
• Infecções do vírus de Epstein-Barr (EBV): Pode causar uma doença chamada mononucleose infecciosa: uma manifestação do vírus transmitida por contato com outras salivas, sendo assim, podendo, portanto, ser transmitida pelo beijo. Em sua manifestação aguda, pode causar febre, dor de garganta, mal-estar e fadiga. É fator de risco para o desenvolvimento de carcinomas da nasofaringe, além de outros tipos de tumores, como linfomas.
• Bebidas Quentes: O consumo diário e prolongado de bebidas tradicionalmente servidas em temperaturas muito alta (como o mate) aumentam o risco de câncer de boca e orofaringe – assim como o câncer de esôfago.
• Exposição excessiva ao sol: A exposição excessiva ao sol é a grande responsável pelo aparecimento do câncer de lábio e da pele na região da cabeça e pescoço.
• Exposição Ocupacional: Ocorre principalmente durante o trabalho, sendo alguns exemplos: poeira de madeira, poeira de têxteis, pó de níquel, colas, formaldeído, agrotóxicos, amianto, sílica, benzeno, produtos radioativos, dentre outros.
• Saúde oral precária: pode aumentar o risco de câncer de boca.
• Dieta: alguns estudos mostram que dieta rica em carne, principalmente defumada e salgada podem aumentar o risco de câncer de boca. Por outro lado, uma dieta rica em caroteno, frutas cítricas e verduras reduz o risco.

3. TRATAMENTO

O tratamento do câncer de cabeça e pescoço dependerá de vários fatores:
1. Local da doença (laringe, boca, tireoide, glândulas salivares, etc)
2. Extensão da doença (tamanho, se há linfonodos (“ínguas”) comprometidas no pescoço, se há metástases a distância
3. Tipo histológico do tumor
4. Idade e saúde geral do paciente (incluindo doenças pré-existentes, estado nutricional etc)
CIRURGIA (foto de um bloco cirúrgico)
É a retirada do tumor. Deve ser feita por cirurgião experiente no tratamento dos tumores de cabeça e pescoço. É o tratamento mais usado para tratar estes tumores. Pode ser feita de forma convencional, a laser ou por robótica.
A cirurgia consiste na retirada do tumor com margem de segurança (incluindo tecidos sadios ao redor), frequentemente a retirada de gânglios linfáticos do pescoço (o esvaziamento cervical) e sempre que necessário um procedimento de reconstrução.

RADIOTERAPIA (foto de uma sala de radioterapia)
É o tratamento no local do tumor.
Pode ser feita como tratamento definitivo (usada sozinho ou junto a quimioterapia) ou após a cirurgia.
As principais técnicas usam radioterapia conformacional por acelerador linear 3D ou radioterapia por intensidade modulada (IMRT).

QUIMIOTERAPIA (foto de uma sala de quimioterapia)
É o tratamento sistêmico, sendo a principal medicação a cisplatina. É administrada na veia do paciente.
Geralmente usada junto a radioterapia no caso das doenças avançadas no local do tumor – após a cirurgia ou nos casos de tumor irressecável. Nos casos da doença recidivada (que volta após o tratamento inicial) é usada para controle da doença e para aumentar a sobrevida do paciente.
Além da quimioterapia tradicional, novas drogas foram inseridas no tratamento do câncer de cabeça e pescoço nos últimos anos: 1) drogas alvo, como um anticorpo monoclonal que bloqueia o receptor do fator de crescimento epitelial) e pode ser usado quando os pacientes não podem usar a cisplatina junto a radioterapia ou na doença metastática; 2) imunoterapia, na doença metastática.

EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

São todos os profissionais que tratam o paciente com câncer de cabeça e pescoço. É imprescindível no tratamento destes pacientes para ter melhores resultados, maior suporte e melhor reabilitação.
Através de uma equipe multidisciplinar integrada temos melhor tomada de decisão e adesão às condutas que beneficiarão os pacientes, com maior eficiência do tratamento, menos efeitos colaterais e melhora da qualidade de vida.

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