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Categoria : Notícias Paciente

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Existe câncer de cabeça e pescoço em crianças?

A incidência de tumores infantis é rara, porém é a primeira causa de morte por doença em crianças e, entre todas as causas, fica atrás somente dos acidentes. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima, por ano, a ocorrência de 7.930 novos casos de câncer na faixa etária de 0 a 19 anos.

Entre crianças e adolescentes a variedade dos tipos de câncer é menor do que entre os adultos, essa faixa etária pode ser atingida por doenças como:

– Leucemia;

– Tumores cerebrais e do sistema nervoso central (SNC);

– Neuroblastoma, a maioria diagnosticado nas glândulas suprarenais

– Tumor de Wilms, que começa em um ou em ambos os rins;

– Linfomas: tumores que acometem os linfonodos (“ínguas”)

Entre os demais tipos de cânceres que também atingem o público infantil estão retinoblastoma (tumor na retina); tumor germinativo (das células que originam os ovários e os testículos); osteossarcoma (tumor ósseo); sarcomas (tumores de partes moles); e o câncer de cabeça e pescoço. Este, embora seja o quinto com maior incidência no Brasil entre os adultos, tem menor incidência entre crianças e adolescentes.

Como pode ocorrer o câncer de cabeça e pescoço em crianças

Quando esse tumor atinge crianças e adolescentes, geralmente é em partes como nasofaringe, glândulas salivares, tireoide,   em partes moles (os chamados sarcomas) ou linfonodos (linfomas)

Quando os casos são identificados e tratados precocemente, as chances de cura podem ser em torno de 90%. No entanto, o câncer de cabeça e pescoço geralmente é silencioso nos estágios iniciais. Por isso, é preciso ficar atento à presença de sinais como:

– Aumento de linfonodos no pescoço;

– Obstrução nasal constante;

– Dificuldade para dormir ou ronco frequente;

– Secreção sanguinolenta que sai do ouvido ou nariz;

– Estrabismo – chamado também de “olho torto” e somente em casos mais raros.

Nem todos esses sintomas significam que a criança está com câncer. Na verdade, esses sinais exigem a avaliação de um especialista para um diagnóstico mais preciso, pois cada caso deve ser sempre analisado individualmente.


Como é feita a avaliação nutricional do paciente com câncer de cabeça e pescoço

Como é feita a avaliação nutricional do paciente com câncer de cabeça e pescoço

Durante o tratamento oncológico, uma equipe multidisciplinar trabalha de forma conjunta com o objetivo de ajudar o paciente em sua plena recuperação. Um destes profissionais é o nutricionista, que tem um papel de extrema importância na busca por bons resultados, evitando ou minimizando os impactos causados no organismo decorrentes do tratamento. 

É quem acompanha a rotina alimentar do paciente ao monitorar o peso e indicar uma alimentação, conforme as necessidades e particularidades. Desse modo, a ingestão alimentar adequada, durante todo o período, irá resultar em uma melhor resposta ao tratamento. 

Como hoje, 31 de agosto, é o Dia do Nutricionista, convidamos Olívia Perim Galvão de Podestá, que é especialista em Terapia Nutricional, Nutrição Clínica e Oncológica, mestre em Políticas Públicas e Desenvolvimento Local e doutora em Ciências na área de Oncologia, para responder a algumas dúvidas sobre a alimentação desses pacientes. 

Olívia Podestá atua como pesquisadora do Grupo de Pesquisa em Epidemiologia, Saúde e Nutrição (GEMNUT), da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), professora-orientadora do curso de Nutrição da Faculdade Multivix, membro do Grupo Brasileiro de Cabeça e Pescoço (GBCP) e sócia proprietária do Instituto Podestá Oncologia (IPO).  Confira a entrevista!

1  – Quais são as atribuições de um nutricionista que faz o acompanhamento de um paciente oncológico?

Olívia Podestá: O nutricionista oncológico precisa conhecer bem a doença, o tratamento e toda a jornada desses pacientes para conseguir identificar de forma precoce a perda de peso ou outras alterações de impacto nutricionais vindas do tratamento. O profissional de nutrição precisa atuar preventivamente nos possíveis sintomas e evitar esse emagrecimento, fazendo com que o paciente consiga se alimentar durante o processo oncológico e até mesmo no pós-tratamento. É importante destacar que os nutricionistas devem prestar muita atenção nas sequelas que o tratamento oncológico traz ao paciente, que o impossibilita ou dificulta a sua alimentação via oral. 

2 –  Quais os cuidados especiais que essas pessoas devem ter durante todo o processo terapêutico: antes, durante e após o tratamento do câncer? 

Olívia Podestá: É necessário prestar muita atenção na hidratação e beber água, mas os pacientes oncológicos costumam negligenciar essa parte do tratamento.  Costumo dizer para esses pacientes que “quanto mais líquido você beber, mais xixi vai fazer e, consequentemente, menos efeitos colaterais da quimioterapia vai ter”. 

Outra parte fundamental é fazer escolhas certas na alimentação. Um bom exemplo é comer alimentos que sejam mais laxantes, quando estiver com constipação, ou mais constipantes, se estiver com diarreia, e assim conseguir se alimentar para ter um bom prognóstico e evitar a perda de peso. Deve-se optar por alimentos mais naturais, como frutas, verduras e legumes, e opções de fácil digestão e mastigação, assim como menos processados, gorduras, sal e açúcar refinado e frituras. 

3 – Qual a importância da higienização dos alimentos, uma vez que a agressividade dos tratamentos pode diminuir a imunidade? 

Olívia Podestá: É fundamental higienizar corretamente (com água corrente e hipoclorito de cloro) e evitar comer alimentos crus fora de casa – nesses casos, optar por ingerir opções somente cozidas. Alimentos requentados e por muito tempo fora da geladeira também não são indicados, uma vez que qualquer infecção alimentar pode ser perigosa. 

4 – Como deve ser a alimentação de uma pessoa que passa por sessões de radioterapia ou quimioterapia? (tipos de alimentos, quantidade de refeições, hidratação, restrições, etc.)

Olívia Podestá: Depende de cada paciente. Por exemplo, para quem realiza um tratamento na região da boca, é fundamental que uma equipe multidisciplinar, composta por um estomatologista, indique alimentos dentro das consistências certas para evitar o desenvolvimento de mucosite. 

Como os tratamentos, em geral, provocam muitas náuseas, é comum aumentarmos a frequência da alimentação, além de diminuir o volume de comida. Restringir alimentos ácidos e quentes também é outra preocupação, no caso de câncer na área de cabeça e pescoço. 

A suplementação é outro ponto muito importante para evitar a perda de peso. 

5 – E como deve ser a alimentação dos pacientes que fazem a cirurgia de colostomia ou ileostomia?

Olívia Podestá: Neste caso, a alimentação tem que ser diferenciada, evitando alimentos que fermentam muito para evitar a produção de gases e que soltam muito o intestino. Os nutricionistas fazem os ajustes necessários de acordo com o funcionamento da digestão e do intestino de cada paciente. 

6 – E a dieta dos pacientes oncológicos que desenvolvem mucosite? 

Olívia Podestá: Nós, nutricionistas, sabemos que o melhor tratamento, chamado de padrão-ouro, para a mucosite é a laserterapia, evitando mais uma vez todo tipo de alimento que seja ácido, sempre atuando na prevenção para evitar a perda de peso e a formação dessas úlceras, no caso da mucosite. 

É fundamental que os nutricionistas de pacientes oncológicos sejam especialistas para entender toda a jornada dessa pessoa, com as suas particularidades, até mesmo no período de pós-tratamento. O objetivo é que esse paciente se estabilize, não tenha sequelas e possa voltar a ter uma vida social de forma independente o mais rápido possível. 

A fonoaudióloga Neyller Montoni responde as 5 perguntas mais frequentes dos pacientes laringectomizados

5 perguntas mais frequentes dos pacientes laringectomizados

A laringectomia total consiste na remoção da laringe em pacientes com tumores avançados deste órgão. Depois dessa cirurgia, pode ser comum que surjam questionamentos entre os pacientes sobre a fase de reabilitação e os ajustes necessários para viver.

Para responder as 5 principais dúvidas do paciente laringectomizado, convidamos a fonoaudióloga e especialista em voz e disfagia, Neyller Montoni, que também é preceptora da Residência Multiprofissional do A.C.Camargo Cancer Center, doutora na área de oncologia, membro da diretoria da Academia Brasileira de Disfagia, coordenadora do Comitê de Disfagia Mecânica da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBFa) e cofundadora da ASAP Comunicação Humana. Confira a entrevista!

Comunicação após a laringectomia

1 – Como será a comunicação após a retirada da laringe? Esses pacientes poderão voltar a falar?

Neyller Montoni: Os pacientes costumam ter muita preocupação em relação à perda da voz natural e sobre como poderão se comunicar com familiares, amigos e profissionais de saúde. Após a laringectomia total, eles terão a oportunidade de voltar a falar, não com a mesma estrutura da qual era produzida a voz anteriormente, uma vez que a laringe foi retirada, mas com uma nova estrutura – que é o esôfago -, que permite a possibilidade do retorno da comunicação.

2 – E quais são as opções de comunicação após a retirada da laringe?

Neyller Montoni:  Existem três formas de comunicação alaríngea, que são: a voz esofágica, reproduzida através do esôfago; a voz traqueoesofágica, aquela produzida com a ajuda de uma prótese colocada entre a traqueia e o esôfago; e a laringe eletrônica, que é um equipamento eletrônico movido a bateria recarregável, portátil, leve e de fácil utilização e aprendizagem.

3 – Em quanto tempo os pacientes laringectomizados voltarão a falar? Como é o processo de reabilitação?

Neyller Montoni: O processo de reabilitação é realizado com um fonoaudiólogo. É apresentado ao paciente as três formas de comunicação, explicando as vantagens e desvantagens de cada método e, assim, definir junto com o paciente aquele que melhor funcionará para o mesmo. O tempo para retorno da comunicação depende do método que foi escolhido. A laringe eletrônica permite a comunicação imediata e o tempo de reabilitação mais curto. A voz esofágica requer um maior tempo no processo de aprendizagem e treino do método, tento uma variação entre os pacientes de três a seis meses ou mais. Para a prótese traqueoesofágica é necessária a sua colocação junto com o cirurgião, que pode ser: colocação primária (durante a cirurgia) ou colocação secundária, sendo importante uma avaliação anatômica, clinica e social para sua indicação. O processo de reabilitação com a prótese traqueoesofágica é relativamente curto e apresenta um bom resultado na comunicação.

Alimentação

4 – Existe alguma dificuldade na alimentação após a remoção da laringe?

Neyller Montoni: Geralmente, não. O paciente sai da cirurgia com a sonda de alimentação, que é temporária, até que ocorra o processo de cicatrização cirúrgica. As laringectomias totais, muitas vezes, não desenvolvem dificuldades em relação à alimentação. Não apresentam mais riscos de aspiração do alimento para a via aérea, uma vez que ela foi separada durante a cirurgia os sistemas digestivo e respiratório sendo direcionados para caminhos diferentes. Agora, os pacientes respiram de forma definitiva pelo estoma (abertura) no pescoço. A maior parte dos pacientes consegue se alimentar com todos os tipos de consistência de alimentos sem nenhuma restrição, como era feito antes da laringectomia. Algumas dificuldades podem ocorrer, caso apresente estenose de esôfago (fechamento do canal da alimentação) ou fistulas.

Reintegração social

5 – E agora, como será a reintegração social do paciente laringectomizado? Como será a aceitação da nova voz?

Neyller Montoni: Alguns pacientes necessitam de auxílio nesse processo de reintegração social. Seria muito importante que os pacientes laringectomizados totais participassem de grupos de apoio e ressocialização, pois além do acolhimento, existe a possibilidade de ter contato com outras pessoas que fizeram a mesma cirurgia, até para conhecer diferentes formas de comunicação alaríngea. Existem grupos de reintegração social para laringectomizados em alguns centros de saúde, por exemplo, que são indicados até mesmo antes do paciente optar por alguma comunicação alaríngea. Temos que entender que são vozes diferentes, nem melhor ou pior, apenas diferentes!

Quer saber mais sobre o assunto? Acesse a nossa cartilha O Guia do Laringectomizado.

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O que é preciso saber antes de começar a imunoterapia?

A imunoterapia é um dos tipos de tratamento utilizados em alguns casos de câncer. No cenário do câncer de cabeça e pescoço, ela é indicada, geralmente, quando há recidiva (o tumor é tratado inicialmente, mas retorna após o tratamento) ou tumor metastático (que já se disseminou para outros órgãos ou linfonodos). O tratamento com imunoterapia não é indicado para todos os casos de câncer de cabeça e pescoço. Apenas a equipe médica poderá avaliar qual a melhor alternativa para cada caso.

O objetivo da imunoterapia é fazer com que o sistema imunológico (sistema de defesa) reconheça e destrua a célula cancerígena, eliminado ou reduzindo o tamanho do tumor. O organismo tem a habilidade de reconhecer desde o início a célula cancerígena como uma ameaça, só que com o desenvolvimento da doença, o tumor consegue “despistar” o sistema imunológico para que não mais o perceba.

Os remédios imunoterápicos são administrados por via intravenosa e em vez de atuarem diretamente na célula cancerígena, atuam no sistema imunológico do organismo para que ele consiga detectar e combater a doença. Eles buscam bloquear os fatores que inibem o sistema imunológico de reconhecer o câncer como algo estranho e aumentam a resposta imune.

O que saber antes de começar a imunoterapia

A imunoterapia pode ser administrada de duas formas: por via intravenosa ou subcutânea. Geralmente, cada aplicação dura cerca de uma hora, podendo ser repetida diariamente, semanalmente ou mensalmente. Alguns tipos de imunoterapia são realizados em ciclos, seguidos de um período de descanso para recuperação do paciente. Já a duração do tratamento vai depender da resposta do paciente ao medicamento e à condição clínica dele.

No dia da aplicação é muito importante seguir algumas recomendações:

  • Se alimentar com uma dieta leve antes de receber a aplicação 

  • Separar esse dia para descansar após o procedimento

  • Procure estar acompanhado

  • Procure fazer algo que lhe dê prazer durante o período de aplicação, como ler, ouvir música, jogar videogame, acessar aplicativos, assistir um filme etc

A imunoterapia tem efeitos colaterais menores e mais leves do que a quimioterapia. Os mais comuns são: cansaço, diarreia, coceira ou manchas na pele. O risco de ocorrência de infecção ou internação também é bem inferior. 

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Mitos e verdades sobre o HPV

Saiba mais sobre o HPV entendendo o que é mito ou verdade.

1 – O HPV é transmitido pelo contato sexual?
Verdade. O HPV é uma infecção sexualmente transmissível (IST) e a principal forma de transmissão é pelo contato sexual (genital, anal ou oral).

2- O HPV é um vírus único?
Mito. Existem mais de 150 tipos diferentes de HPV, sendo que 40 deles podem infectar a região genital e provocar alguns tipos de câncer (colo do útero, vulva, vagina, pênis, ânus e orofaringe) e outros podem causar verrugas genitais. Existem 12 tipos identificados como de alto risco (HPVs tipos 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58 e 59) que têm probabilidades maiores de persistirem e estarem associados a lesões pré-cancerosa. Os de tipo 16 e 18 são os responsáveis pela maioria dos casos de câncer de colo do útero.

3 – O HPV pode causar câncer?
Verdade. O HPV é a principal causa do câncer de colo de útero, além de ser também fator de risco para os cânceres de vulva, vagina, pênis, ânus e orofaringe) e pode causar também as verrugas genitais.

4 – Usar preservativo nas relações sexuais impede a transmissão do HPV?
Mito. Apesar da importância do uso de preservativo nas relações sexuais para impedir as doenças sexualmente transmissíveis, ele não consegue prevenir totalmente a infecção pelo HPV porque existem algumas áreas como a região pubiana e a bolsa escrotal que não ficam protegidas pelo preservativo e podem conter o HPV.

5 – O HPV é transmitido por meio de alicate de unha ou produtos de higiene como o sabonete, por exemplo?
Mito. O HPV só é transmitido no contato da pele de uma pessoa infectada com outra, como no contato sexual sem proteção, por exemplo ou durante o parto, da mãe para o bebê que teve contato com feridas ou verrugas presentes na região genital da mulher.

6 – O HPV normalmente não apresenta sinais ou sintomas?
Verdade. Geralmente, no início a infecção pelo HPV não apresenta sintomas na maioria das pessoas. As primeiras manifestações surgem entre 2 a 8 meses do contato, mas pode demorar até 20 anos para aparecer algum sinal da infecção. Na maioria das vezes a infecção tem resolução espontânea pelo próprio organismo em um período de 24 meses.

7 – Existe uma vacina que previne o HPV?
Verdade. A vacina contra o HPV existe e está disponível gratuitamente nos postos de saúde, mas ela não protege contra todos os tipos de HPV. A vacina oferecida pelo Ministério da Saúde no Brasil é a quadrivalente que protege contra os vírus 6, 11, 16 e 18, o câncer de colo de útero e as verrugas genitais.
A vacina é indicada para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Além desse grupo, ela também é recomendada para homens e mulheres de 09 a 45 anos portadores do vírus HIV; Pessoas transplantadas de órgãos sólidos, medula óssea ou pacientes oncológicos.

8 – O HPV só atinge as mulheres?
Mito. Os homens também podem ser infectados pelo HPV e ser transmissor da infecção. Além disso, nos homens, o vírus pode desencadear o desenvolvimento do câncer de pênis, ânus e cavidade oral.

9 – Todas as mulheres com HPV vão ter câncer?
Mito. A maior parte dos casos o sistema imune elimina o vírus, no entanto, alguns tipos de HPV podem levar à formação de verrugas genitais e/ ou alterações benignas no colo do útero. Caso estas células anormais não sejam tratadas, podem originar câncer, podendo demorar vários anos a desenvolver-se

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Câncer de faringe: causas, sintomas e prevenção

A faringe é uma estrutura que conecta o nariz e a boca à laringe e ao esôfago. É o ponto de ligação entre o aparelho digestório e o respiratório. É formada por três regiões: nasofaringe, orofaringe e hipofaringe.

Câncer de Orofaringe:

Se desenvolve na parte da garganta localizada atrás da boca, o que inclui a base da língua, palato mole, amígdalas e/ou na parte lateral e parede posterior da garganta.

As principais causas desse tipo de câncer estão relacionadas ao tabagismo, ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas, hábitos alimentares irregulares e a infecção pelo Papilomavírus Humano – HPV, que é transmitida principalmente pelo contato sexual, nesse caso, oral.

É importante estar atento alguns sintomas que podem indicar a doença: lesão que não cicatriza, incômodo na garganta (sensação de “espinho”), dificuldade para mastigar, engolir, mobilidade da língua e mandíbula prejudicadas, rouquidão, mal hálito constante e aparecimento de nódulo no pescoço.

 

Câncer de Nasofaringe:

Se desenvolve na cavidade que possui forma de cubo, localizada atrás da cavidade nasal.

Os fatores de risco, além do tabaco e do consumo de bebidas alcoólicas, estão relacionados a infecção pelo vírus Epstein-Barr (EBV), a fatores genéticos e exposição a fumaça de madeira queimada.

Os principais sintomas são aparecimento de massa na região do pescoço, obstrução nasal, dor de cabeça constante, infecção de ouvido recorrente e zumbido no ouvido.

 

 

Câncer de Hipofaringe:

Se desenvolve na parte profunda da garganta, frequentemente invadem os linfonodos do pescoço.

As causas estão relacionadas também ao tabagismo e ao consumo de bebidas alcoólicas, além da doença do refluxo gastroesofágico.

Dentre os principais sintomas: dificuldade para engolir, dor de ouvido recorrente, perda de peso, aparecimento de nódulo ou massa no pescoço.

 

DIAGNÓSTICO

Ao observar alguma alteração suspeita é importante buscar avaliação de um médico otorrinolaringologista ou cirurgião de cabeça e pescoço.

Além do exame clínico, o médico vai solicitar o exame de nasofaringoscopia, que usa um tubo flexível de fibra óptica inserido pelo nariz para observar o revestimento interno e outros exames de imagem que podem incluir: tomografia, ressonância magnética, tomografia e raio-x. Já a confirmação ou não do diagnóstico de câncer ocorre após a realização da biópsia.

 

PREVENÇÃO

  • Não fumar nenhum produto derivado do tabaco e evitar o tabagismo passivo
  • Evitar o consumo excessivo e constante de bebidas alcoólicas
  • Vacinar contra o HPV – Papilomavírus Humano, uma infecção sexualmente
  • transmissível
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Câncer de laringe: quais as causas, sintomas e formas de prevenção?

Segundo dados do INCA – Instituto Nacional do Câncer, estima-se que em 2023, no Brasil,  7.790 novos casos de câncer de laringe serão diagnosticados. A laringe é a parte da garganta localizada entre a base da língua e a traqueia, onde estão as cordas vocais. O câncer de laringe pode se desenvolver em qualquer uma das regiões da garganta.

O câncer de laringe é o nono tipo de câncer mais comum entre os homens brasileiros e o segundo mais comum na região de Cabeça e Pescoço, atrás apenas dos tumores de cavidade oral

CAUSAS E PREVENÇÃO

O câncer de laringe é mais prevalente em homens acima dos 50 anos e tem como principais causas o tabagismo, o consumo em excesso de bebida alcoólica e a infecção pelo vírus HPV – Papilomavírus Humano, transmitido principalmente pelo contato sexual. Além desses, o refluxo gastroesofágico, uma doença crônica, também pode levar ao desenvolvimento da doença. 

Cerca de 30% dos casos de câncer de laringe poderiam ser evitados com a adoção de algumas medidas.

  • Não fumar nenhum produto e evitar o tabagismo passivo
  • Evitar o consumo excessivo e constante de bebidas alcoólicas
  • Manter o peso corporal adequado
  • Cuidar da saúde da voz

 

SINTOMAS

Os principais sintomas de câncer de laringe, que podem variar de acordo com a localização e estágio da doença, são:

  • Rouquidão ou alterações na voz;
  • Dificuldade para engolir alimentos ou sensação de algo preso na garganta;
  • Dor de garganta ou de ouvido persistentes;
  • Caroço no pescoço;
  • Tosse constante;
  • Problemas respiratórios;
  • Perda de peso sem motivos.

Os sintomas podem não ter relação com o câncer de laringe, mas é preciso estar atento e consultar um médico especialista para uma avaliação mais precisa.

DIAGNÓSTICO

Ao observar alguma alteração suspeita é importante o paciente buscar avaliação de um médico otorrinolaringologista ou cirurgião de cabeça e pescoço. Além do exame clínico, o médico pode solicitar a realização de uma laringoscopia e exames de imagem (tomografia, ressonância magnética) e, se necessário, uma biópsia da lesão para confirmar ou descartar o diagnóstico. O tratamento do câncer de laringe vai depender do estágio da doença e das condições clínicas do paciente, podendo ser indicada a cirurgia, combinada com radioterapia ou quimioterapia após a cirurgia para reduzir as chances de recidiva do câncer.

Quanto mais precoce for o diagnóstico da doença, maiores são as chances de sucesso no tratamento.

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Iodoterapia: como adotar uma dieta pobre em iodo

A cirurgia é o principal tratamento para o câncer de tireoide e em alguns casos é indicado também um tratamento complementar com a iodoterapia, principalmente para os tumores de tireoide do tipo bem-diferenciado (papilíferos e carcinomas), cujas células têm características semelhantes às células tireóideas e por isso captam o iodo para fabricar hormônio.

A iodoterapia tem como objetivo eliminar as células cancerígenas que restaram no organismo após a cirurgia ou quando ocorre a metástase para os gânglios linfáticos ou outros órgãos.

Porém, uma das condições para que a iodoterapia tenha eficácia é a adoção de uma dieta pobre em iodo antes do tratamento, ou seja, uma dieta que evite alimentos que contêm sal iodado e corante vermelho, produtos lácteos, ovos, frutos do mar e soja.

O objetivo dessa dieta é aumentar a captação do organismo pelo Iodo radioativo que será recebido durante o tratamento.

 

ALIMENTOS PARA DIETA POBRE EM IODO

 

ALIMENTOS PROIBIDOS PERMITIDOS
Sal Sal iodado comum (supermercado),
salgadinhos industrializados, temperos prontos
Sal sem iodo (farmácia
de manipulação). Evite
sal vendido em supermercado
Carnes Carne defumada, carne
de sol (charque), embutidos
Carne vermelha fresca,
carne de frango e carne
de porco
Peixes e frutos do mar Todos os tipos de peixe e

frutos do mar

Ovos Gema do ovo Clara de ovo
Molhos, óleos e gorduras Molhos e extrato de tomates industrializados, maionese, margarina, molho de soja
e óleo de soja
Óleo de milho, óleo de girassol, azeite de oliva, vinagre e molho de tomate caseiro
Laticínios Sorvetes, leites, creme de leite, manteiga, queijo, requeijão, leite de soja, tofu Leite em pó desnatado
Frutas Frutas cristalizadas, secas,
em conserva ou em calda, salgadas e uvas
Frutas naturais (frescas)
e sucos de frutas naturais
Vegetais Agrião, repolho, aipo,
couve de Bruxelas, berinjela, brócolis, espinafre e os enlatados (azeitona, milho, ervilha, cogumelo, picles e palmito)
Alface, batata sem casca, beterraba, cenoura, cebola, chuchu, pepino e tomate
Pães e massas Pães industrializados,
pizza, empanados, tortas salgadas, bolos, biscoito água e sal e cream cracker
Pão Caseiro
Cereais e Grãos Cereais industrializados,
nozes e amendoim
Arroz, aveia, feijão, milho, trigo e farelo de trigo
Doces Doces com gema de ovo, chocolate, brigadeiro, doce de leite, gelatina, pudim Açúcar, mel, geleia caseira, melado, doce de banana, de coco e de mamão caseiro.
Bebidas Chá e sucos industrializados, café solúvel, refrigerantes, e bebidas alcoólicas. Café de filtro, suco natural de frutas, água de coco natural e chá caseiro.

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Refluxo Gastroesofágico e o câncer de cabeça e pescoço

Alguns fatores de risco podem predispor o desenvolvimento do câncer de cabeça e pescoço. Quando nos referimos ao câncer de laringe e hipofaringe um desses fatores é a doença do refluxo gastroesofágico.

 

O refluxo gastresofágico se caracteriza pelo retorno involuntário e repetitivo do conteúdo do estômago para o esôfago, incluindo ácido e bile. Isso ocorre quando o músculo e esfíncteres que deveriam impedir esse processo não funcionam de forma adequada. O refluxo vai causando inflamação e irritação em razão da acidez e da quantidade de ácido que retorna para o esôfago, pois a mucosa desse órgão não tem proteção contra esse líquido, diferentemente do estômago.

 

Quando o líquido do refluxo chega ao esôfago ele pode também chegar à garganta e aos pulmões. Se houver uma recorrência dessa condição, ou seja, o refluxo se tornar crônico, pode vir a ser um fator de risco para o câncer de laringe e hipofaringe, além do câncer de esôfago. 

 

Dentre os principais sintomas do refluxo estão:

  • azia ou queimação que se origina na boca do estômago, mas pode atingir a garganta;
  • dor torácica intensa, que pode ser confundida com a dor da angina e do infarto do miocárdio;
  • tosse seca;
  • doenças pulmonares de repetição, como pneumonias, bronquites e asma

 

Se perceber alguns desses sintomas, é importante buscar uma avaliação médica.

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Quais são as causas e sintomas do câncer de laringe?

O câncer de laringe é um dos tipos mais comuns de câncer de cabeça e pescoço. A laringe está localizada entre a base da língua e a traqueia e o câncer nessa região pode se desenvolver nas três áreas que formam a laringe: a supraglote, a glote e a bubglote. Na maioria dos casos o tumor se desenvolve na glote, onde estão localizadas as cordas vocais.

A doença é mais prevalente em homens acima dos 50 anos e existem alguns fatores de risco importantes que predispõem ao desenvolvimento do câncer de laringe. Esses fatores em sua maioria podem ser evitados com a adoção de algumas atitudes.

 

Entenda quais sãos esses fatores:

O fumo e o álcool são os principais fatores de risco, sendo que o fumo aumenta em 10 vezes a chance de desenvolvimento do câncer de laringe.

A infecção pelo vírus HPV – Papilomavírus Humano, transmitido principalmente pelo contato sexual (nesse caso oral) também é considerado um fator de risco. Além desses, o refluxo gastroesofágico, uma doença crônica, também pode levar ao desenvolvimento do câncer

 

Sintomas do câncer de laringe:

Alguns sintomas podem indicar a suspeita de um câncer de laringe e eles podem ser diferentes a depender da localização do tumor. Por exemplo, a dor de garganta, principalmente durante a alimentação, pode indicar um câncer na supraglote e a rouquidão um tumor na glote ou subglote.

O câncer supraglótico geralmente é acompanhado de outros sinais, como alteração na qualidade da voz, dificuldade de engolir e sensação de “caroço” na garganta. Nas lesões avançadas das cordas vocais, além da rouquidão, podem ocorrer dor na garganta, disfagia mais acentuada e dispneia (dificuldade para respirar ou falta de ar).

Possíveis sintomas:

  • dor de garganta persistente
  • rouquidão persistente
  • alteração na qualidade da voz
  • dificuldade de engolir
  • sensação de “caroço” na garganta
  • nódulo (caroço) no pescoço

 

Na maioria das vezes, esses sintomas não são causados por câncer, mas se eles persistirem por mais de duas semanas é importante procurar avaliação médica. Se houver suspeita de câncer de laringe, o médico vai solicitar alguns exames para diagnóstico, como a laringoscopia e exames de imagem (tomografia, ressonância magnética) e, se necessário, uma biópsia da lesão para confirmar ou descartar o diagnóstico.

O tratamento do câncer de laringe vai depender do estágio da doença e das condições clínicas do paciente, podendo ser indicada a cirurgia, combinada com radioterapia ou quimioterapia após a cirurgia para reduzir as chances de recidiva do câncer.

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