O mês de outubro traz uma importante bandeira, a conscientização sobre o câncer de mama, com a campanha Outubro Rosa, uma iniciativa criada pela Susan G. Komen Breast Cancer Foundation, desde 1986.
Atualmente, o câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente em mulheres e a cada ano são mais de 66.280 novos casos diagnosticados no Brasil. Uma das formas de reduzir o índice de mortalidade pelo câncer de mama é com o diagnóstico precoce. Para isso, a recomendação da Sociedade Brasileira de Mastologia é que todas as mulheres acima dos 40 anos realize anualmente a mamografia, o principal exame para detectar precocemente lesões suspeitas que podem indicar um câncer de mama.
Mas não é somente o câncer de mama que acomete as mulheres. Quando nos referimos ao câncer de cabeça e pescoço, o tipo mais comum nas mulheres é o de tireoide. Para ter ideia, são quase 12 mil novos casos em mulheres por ano, enquanto nos homens cerca 1.800 dos casos, segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer. Esse é o quinto tumor mais comum após o câncer de pele não melanoma nas mulheres. Já o câncer da cavidade oral e o da laringe acometem cerca de 5.200 mulheres a cada ano, mas são mais frequentes nos homens.
Entenda melhor o câncer de tireoide:
O tipo mais comum de câncer de tireoide que acomete mais as mulheres é o carcinoma papilífero, um tumor menos agressivo, que, geralmente, é diagnosticado durante exames de rotina, com mais frequência em mulheres entre 18 e 35 anos.
Já os demais tipos de câncer de tireoide, que são mais raros e mais agressivos, acabam tendo praticamente a mesma incidência em homens e mulheres, como é o caso do carcinoma anaplásico, por exemplo.
Fatores de risco do câncer de tireoide
Alguns fatores podem estar relacionados ao desenvolvimento do câncer de tireoide em mulheres, entre eles:
Síndromes hereditárias: quando existem casos da doença em mais de uma pessoa na família
Dieta deficiente em iodo
Exposição à radiação
Sintomas
Na maioria das vezes, o câncer de tireoide é assintomático, mas é importante estar atenta a alguns sinais que podem indicar à doença:
Nódulos palpáveis no pescoço: nódulo são comuns, cerca de 95% deles são benignos. Quando surgir um nódulo e ele permanecer por um período prolongado, é importante consultar um médico
dor na parte da frente do pescoço, que pode irradiar para os ouvidos
rouquidão ou mudança no timbre de voz que não passa com o tempo
dificuldade para engolir e respirar
tosse persistente
Ao perceber alguma alteração como essas, um médico endocrinologista ou um cirurgião de cabeça e pescoço deve ser consultado. Para descartar qualquer suspeita serão realizados alguns exames, iniciando pelo exame físico por meio da palpação do pescoço, se necessários ainda são solicitados exames laboratoriais, como TSH, T3, T4, anti-TPO e calcitonina, exames de imagem, como ultrassonografia e cintilografia da tireoide.
Com base nesses resultados, pode ser necessária também a realização de uma biópsia, retirada de pequeno fragmento da lesão suspeita para análise anatomopatológica, que irá confirmar se esse nódulo é benigno ou maligno
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