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O GBCP foi fundado em outubro de 2017, em assembleia com profissionais de saúde de diversas áreas. Em dezembro de 2017, um mês após sua fundação,  fez  parceria com o LACOG (Grupo Cooperativo Latino-Americano de Oncologia), criando seu braço de pesquisa, o

LACOG-Head and Neck.

 

A formação do GBCP surgiu da necessidade de unir os profissionais de saúde que tratam pacientes com Câncer de Cabeça e Pescoço ao olhar para os seguintes aspectos:

 

• a alta incidência dos casos de câncer de cabeça e pescoço: dados do Instituto Nacional do Câncer mostram que o câncer de boca e laringe perfazem mais de 20 mil novos casos por ano, sendo o terceiro mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de próstata e pulmão); já o câncer de tireoide é o 5º mais frequente nas mulheres com mais de 16 mil novos casos por ano. 

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• atraso no diagnóstico devido ao desconhecimento, inclusive pelos profissionais de saúde, perfil do paciente (baixo nível socioeconômico e pequena preocupação com o autocuidado) e dificuldade de acesso ao tratamento – cerca de 10% dos pacientes com câncer de cabeça e pescoço vêm a óbito antes de iniciar o tratamento oncológico;

 

• diagnóstico tardio na maioria dos casos (estudos brasileiros revelam que cerca de 75% dos casos são diagnosticados em fase avançada da doença);

 

• pacientes debilitados (tanto do ponto de vista físico quanto social), com necessidade de suporte multiprofissional e reabilitação;

 

• tratamentos agressivos (devido ao estágio avançado ao diagnóstico) com alta morbidade e toxicidade, com necessidade de suporte e reabilitação;

 

• doença negligenciada pela comunidade médica, muitas vezes por envolver pacientes difíceis, pouco colaborativos, não raro com lesões volumosas e ulceradas;;

 

• necessidade de integração multiprofissional (cirurgiões, oncologistas, radio-oncologistas, cirurgiões dentistas, fonoaudiólogos, assistente social, psicólogos, nutricionistas, enfermeiros, entre outros. Estudos revelam que o tratamento integrado aumenta a qualidade de vida e sobrevida do paciente, o que muitas vezes não acontece no Brasil;

 

• desconhecimento da população brasileira relativa a estes tumores e seus fatores de risco;

 

• falta de implementação de uma política de saúde dedicada ao câncer de cabeça e pescoço e todas as suas peculiaridades, inclusive com ausência de campanhas de prevenção e conscientização pelo governo. 

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