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O câncer de cabeça e pescoço pode ser hereditário?

  • Foto do escritor: gbcpcomunicacao
    gbcpcomunicacao
  • há 2 horas
  • 2 min de leitura

O câncer de cabeça e pescoço pode ocorrer por alguma alteração genética herdada dos pais, mas esses casos são raros, representam cerca de 5 a 10% do total de diagnósticos da doença.


câncer de cabeça e pescoço


Na maioria das vezes, o tumor surge por causa de fatores ligados ao estilo de vida, como o tabagismo, consumo de bebidas alcóolicas e a infecção pelo vírus HPV.


Aqui, vamos tratar desse primeiro aspecto, as pessoas que desenvolvem a doença por causa da predisposição genética. O primeiro ponto em relação à hereditariedade do câncer deve ser a observação se na família há casos do mesmo tipo da doença, por exemplo pai, mãe, irmãos, avós já tiveram a doença.


Casos mais comuns de câncer de cabeça e pescoço hereditário


O câncer de cabeça e pescoço é, na verdade, um conjunto de tipos de tumores que atingem partes do corpo como a boca, garganta, tireoide. Quando falamos de alterações genéticas que podem aumentar o risco da doença se desenvolver, os genes podem variar de acordo com o tipo de câncer.


Um exemplo são os tumores na tireoide, que podem ter mais chance de ocorrer em razão da Síndrome de Neoplasia Endócrina Multipla tipo 2 (MEN2), ligada a alterações no gene RET, a principal causa do carcinoma medular da tireoide (CMT). O risco da pessoa com essa alteração genética ter um tumor maligno na glândula é 80% maior em relação a quem não tem.


Outras mutações raras, como a do gene PTEN (da Síndrome de Cowden) e PRKAR1A (Complexo de Carney) também podem elevar as chances do desenvolvimento do câncer na tireoide em até 60%.


Já o câncer de boca e garganta pode ter um risco aumentado com as mutações no gene TP53 causadas pela Síndrome de Li-Fraumeni. Essa síndrome hereditária está conectada também a outros tipos de câncer, como leucemia, sarcomas, mama e do sistema nervoso central. Sua incidência é bastante rara no mundo, mas tem uma proporção maior de diagnósticos nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.


O que fazer caso tenha o diagnóstico (ou suspeita) de câncer de cabeça e pescoço hereditário


A presença de uma síndrome hereditária para o câncer de cabeça e pescoço não significa a certeza de que a doença vai se manifestar, porém, devido a predisposição genética, é necessário um acompanhamento médico mais frequente.


Busque a avaliação de um médico especialista para elaborar estratégias de prevenção. Essa prevenção pode ocorrer de duas formas: evitando os fatores de risco ambientais de tumores na cabeça e pescoço (como tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas e infecção pelo HPV) e realizando exames de rastreamento.


Essas análises permitem que o câncer, caso venha a ocorrer, seja detectado de forma precoce, o que possibilita um tratamento mais eficaz e com menos complicações para a qualidade de vida do paciente. Além dos exames, é possível suspeitar da presença do câncer de cabeça e pescoço após a aparição de alguns sinais, como nódulos no pescoço, feridas na boca que não cicatrizam, rouquidão persistente e dificuldade para engolir alimentos ou respirar.


Vale ressaltar que o rastreamento do câncer de cabeça e pescoço só é indicado para alguns casos, seguindo a orientação médica do especialista que acompanha o paciente com a síndrome hereditária.


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