Os tumores que acometem as glândulas salivares podem ser observados nas glândulas salivares maiores: parótidas, sublinguais e submandibulares e também nas glândulas salivares menores, que estão distribuídas praticamente por toda submucosa bucal.
Esse tipo de câncer, geralmente, no início se apresenta de forma discreta e pode ser de difícil diagnóstico. Por isso, importante que seja realizada consulta com um cirurgião-dentista especialista em estomatologia ou cirurgião de cabeça e pescoço para que seja possível identificar mesmo as lesões aparentemente discretas.
Sintomas:• pequeno aumento de volume na parte lateral da face (especialmente região anterior à orelha, onde ficam internamente as glândulas parótidas, local mais comum para o aparecimento deste tipo de câncer), abaixo da mandíbula (glândulas submandibulares) ou embaixo da língua (glândulas sublinguais);• pequeno aumento de volume dentro da boca, no soalho, e principalmente no palato posterior lateral (local mais comum destes tumores dentro da boca);• paralisia facial;• dores de ouvido.
Fatores de risco: idade avançada, exposição à radioterapia prévia, exposição ocupacional.
Tratamento: a forma de escolha depende do subtipo e estadiamento do tumor. A cirurgia é o principal tratamento. Radioterapia e quimioterapia podem ser usadas em alguns casos.
Alguns tumores raros como o carcinoma secretor de glândulas salivares apresentam uma alteração genética que o torna candidato à terapia alvo molecular (inibidores de TRK, como o Larotrectinib, por exemplo), para os casos mais graves. Felizmente, este tumor costuma ser de baixo grau, quando o tratamento cirúrgico costuma ser curativo.
Dr. Daniel Cohen Goldemberg é pesquisador, membro da Comissão de Ensino, professor e coordenador suplente do Programa de Residência em Odontologia do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA).
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