A laringe é a parte da garganta localizada entre a base da língua e a traqueia, é nela que estão as cordas vocais. O câncer de laringe pode se desenvolver tanto na supraglote que é a parte superior da laringe, acima das cordas vocais, como na glote, a parte média da laringe onde as cordas vocais estão localizadas, na subglote, parte inferior da laringe entre as cordas vocais e a traqueia.
Tanto a fala, como a respiração e alimentação podem ser afetadas quando ocorre um câncer nessa região. A maioria dos cânceres de laringe são do tipo carcinoma de células escamosas. Segundo dados do INCA – Instituto Nacional do Câncer, estima-se que em 2021, no Brasil, serão 7.650 novos casos da doença.
A doença, que é mais prevalente em homens acima dos 50 anos, tem alguns fatores de risco importantes e que podem ser evitados: fumar, consumir bebida alcoólica em excesso e a infecção pelo vírus HPV – Papilomavírus Humano, transmitido principalmente pelo contato sexual. Além desses, o refluxo gastroesofágico, uma doença crônica, também pode levar ao desenvolvimento do câncer de laringe.
Quando o câncer se desenvolve nas cordas vocais, frequentemente, o primeiro sintoma a se manifestar é a rouquidão ou alteração da voz. Se esse sintoma persistir por mais de duas semanas é importante procurar avaliação médica. Já se o câncer se desenvolve nas demais regiões da garganta, a rouquidão ocorre em estágios mais avançados, assim como outros sinais, entre eles: dor de garganta que não passa, tosse constante, dor ao engolir e dificuldade em engolir, dor de ouvido, problemas respiratórios, perda de peso, caroço ou massa no pescoço.
Se houver suspeita de câncer de laringe, o médico vai solicitar alguns exames para diagnóstico, como a laringoscopia e exames de imagem (tomografia, ressonância magnética) e, se necessário, uma biópsia da lesão para confirmar ou descartar o diagnóstico. O tratamento do câncer de laringe vai depender do estágio da doença e das condições clínicas do paciente, podendo ser indicada a cirurgia, combinada com radioterapia ou quimioterapia após a cirurgia para reduzir as chances de recidiva do câncer.
Quanto mais precoce for o diagnóstico da doença, maiores são as chances de sucesso no tratamento.
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