Uma dessas áreas é a fonoaudiologia, que vai ajudar, principalmente, quem precisa fazer a reabilitação vocal ou voltar a fazer suas refeições sem limitações ou dores, por meio de técnicas como voz esofágica, laringe eletrônica e punção traqueoesofágica.
Tratar um câncer é mais do que retirar o tumor, é também devolver qualidade de vida ao paciente. Por isso, algumas especialidades são fundamentais para reabilitar quem teve a doença na região da cabeça e pescoço, porque podem ter comprometimento em órgãos ligados à fala, respiração ou deglutição, por exemplo. Uma dessas áreas é a fonoaudiologia, que vai ajudar, principalmente, quem precisa fazer uma reabilitação vocal ou voltar a fazer suas refeições sem limitações ou dores, por meio de técnicas como voz esofágica, laringe eletrônica e punção traqueoesofágica.
A atuação do fonoaudiólogo começa logo a partir do diagnóstico do câncer de cabeça e pescoço, antes de iniciar o tratamento, inclusive para tirar dúvidas do paciente e informá-lo sobre as possíveis reações que poderá enfrentar.
A reabilitação vocal será importante principalmente para os casos de câncer de laringe, estrutura na qual estão as cordas vocais, responsáveis para produzir a voz. Os tumores nesse órgão podem causar mudanças na voz, como a rouquidão, e durante o tratamento, pode ser necessário remover cirurgicamente a laringe, interferindo diretamente na produção da voz. Além disso, a radioterapia na região também pode afetar a fala.
As técnicas de reabilitação vocal podem ser ensinadas pelo fonoaudiólogo em um trabalho de cerca de 2 a 3 meses, que podem durar mais, a variar de acordo com o caso.
Entenda melhor cada técnica na reabilitação vocal do paciente
Laringe eletrônica (eletrolaringe): um equipamento eletrônico que o paciente segura próximo ao pescoço para que ajude a produzir sons, por meio de uma vibração emitida pelo aparelho - o que faz com que a voz soe mecânica. No entanto, a partir da aquisição, poderá já produzir sons.
Voz esofágica: se o paciente remover a laringe, poderá usar a faringe para produzir sons. Esse órgão, no qual geralmente leva alimentos e bebidas ao sistema digestório, fará com que o ar expirado passe pela garganta e emita uma vibração. É necessária uma terapia intensiva para conseguir se comunicar por meio dessa técnica.
Punção traqueoesofágica: nesse caso será inserido uma prótese cirurgicamente na garganta, que abrirá quando o ar passar pelo local. Com essa abertura será possível produzir sons. Essa prótese exige uma série de cuidados e deve ser trocada periodicamente.
Caso as cordas vocais ou a laringe tenha sido comprometida provisoriamente, mas com chances de ser recuperada, outras estratégias de reabilitação vocal podem ser feitas pelo fonoaudiólogo, como exercícios de respiração, massagens e técnicas de relaxamento para redução da tensão muscular, treinos vocais e orientações para preservar as cordas vocais, como hidratação adequada e evitar gritos.
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