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Análise de pacientes com carcinoma espinocelular de lábio, cavidade oral e orofaringe aponta fatores da doença

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Estudo avaliou os dados clínico-patológicos de 12.099 pacientes com lesões de lábio, cavidade oral e orofaringe através de informações obtidas por meio de registros hospitalares de câncer da Fundação Oncocentro de São Paulo (FOSP), entre 2010 a 2015.



O artigo dos pesquisadores brasileiros “Epidemiology and survival outcomes of lip, oral cavity, and oropharyngeal squamous cell carcinoma in a southeast Brazilian population”, publicado na revista científica Medicina Oral, Patologia Oral, Cirugia  Bucal  apresenta detalhes do perfil epidemiológico de pacientes do sudeste brasileiro.


As análises foram realizadas com o software SPSS versão 22.0 (IBM Corporation, Armonk, NY, EUA). Para o estudo, foram verificados os dados qualitativos e quantitativos, enquanto o método de Kaplan-Meier foi usado para estimar as taxas de sobrevida. As informações são oriundas de 76 registros hospitalares de câncer (HCRs) do Estado de São Paulo. Entre eles, os pesquisadores encontraram um total de 368.116 casos de câncer no período entre 2010 e 2015. Destes, 12.099 pacientes foram diagnosticados com carcinoma espinocelular (CEC) de lábio, cavidade oral e orofaringe.


A convidada pelo GBCP para comentar a pesquisa é a Dra. Maria Paula Curado, chefe do Grupo de Epidemiologia e Estatística em Câncer (GEECAN) e do Centro Internacional de Pesquisa (CIPE) do A.C.Camargo Cancer Center. Segundo Maria Paula, “alguns fatores determinantes ficaram claros durante a pesquisa como o nível de escolaridade, estadiamento da doença e a faixa etária”.


Os dados recuperados do FOSP mostraram que o CEC labial, carcinoma oral de células escamosas (OSCC) e carcinoma orofaríngeo de células escamosas (OPSCC) responderam por 8,3 (998 casos), 44,6 (5.398 casos) e 47,1% (5.705 casos) dos casos avaliados, respectivamente.  Observou-se uma clara predominância do sexo masculino, sobretudo nos doentes com CEC de orofaringe (88,3%).


A média de idade dos pacientes foi maior para casos de lábio (65 ± 13,5 anos) em comparação com outros locais. O nível de escolaridade foi baixo para a maioria dos pacientes, principalmente nos lábios (87,9%). A maioria dos pacientes com CEC de cavidade oral (71,8%) e orofaringe (86,3%) apresentava doença em estágio avançado (III-IV). No entanto, a maioria dos casos de lábio (83,3%) foi em um estágio inicial (I-II).

A excisão cirúrgica foi o principal tratamento para o CEC de lábio (72%) e cavidade oral (23,5%) e a quimiorradioterapia foi o principal tratamento para o CEC de orofaringe (40,2%). A sobrevida global (SG) em 5 anos para pacientes com CEC de lábio, cavidade oral e orofaringe foi de 66,3, 30,9 e 22,6%, respectivamente.


OUÇA O PODCAST COM O COMENTÁRIO DA DRA. MARIA PAULA CURADO


Referência do estudo

Louredo BV, Vargas PA, Pérez-de-Oliveira ME, Lopes MA, Kowalski LP, Curado MP. Epidemiology and survival outcomes of lip, oral cavity, and oropharyngeal squamous cell carcinoma in a southeast Brazilian population. Med Oral Patol Oral Cir Bucal. 2022 May 1;27(3):e274-e284.

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