A fisioterapia é primordial para a reabilitação dos pacientes que passaram pelo tratamento do câncer de cabeça e pescoço, principalmente se foi necessária a realização de esvaziamento cervical.
Esse procedimento pode trazer reações como dores, rigidez, inchaços e mudanças na forma do pescoço e nas proximidades dessa parte do corpo. Juntamente com o cirurgião oncológico e com outros membros da equipe multidisciplinar, o fisioterapeuta vai atuar para auxiliar na prevenção desses sintomas e na reabilitação dos pacientes.
O objetivo da fisioterapia é ajudar no restabelecimento da funcionalidade perdida. O esvaziamento cervical pode prejudicar, principalmente, o nervo acessório e, com isso, atrofiar o músculo trapézio (localizado na região posterior do pescoço e do dorso), o que reduz a funcionalidade do ombro e os movimentos de elevação do braço para os lados e para frente. Nesses casos, a fisioterapia tem como foco o período pós-operatório, com exercícios que melhoram a resistência dos músculos na região, buscando manter os movimentos dos braços, fortalecer os músculos atingidos pelo esvaziamento cervical e reduzir os quadros de dor.
Já, para o paciente voltar a praticar atividades físicas ou pequenas tarefas domésticas - importante para a saúde física e mental - é necessário que, em um período de reabilitação, o início seja mais devagar e que entenda os limites do seu corpo. O fisioterapeuta vai ajudar a introduzir exercícios específicos que ajudem a lidar com os efeitos adversos de um esvaziamento cervical e também a manusear a carga dessas atividades.
Além da atuação na reabilitação dos pacientes submetidos a esvaziamento cervical, o fisioterapeuta auxilia também em várias outras demandas do paciente como melhora do linfedema (inchaço) no pescoço ou no braço após a cirurgia ou radioterapia, trismo, fisioterapia respiratória preparando os pacientes para cirurgia ou ajudando os pacientes traqueostomizados.
O que é um esvaziamento cervical e quando é realizado
O esvaziamento cervical é indicado em vários casos de câncer de cabeça e pescoçoavançados ou não.. Esse procedimento buscar remover osesses linfonodos da área do tumor, afetados ou não pela doença.
Essa técnica é feita sob anestesia geral e pode ser realizada ao mesmo tempo em que a cirurgia para remover o tumor primário de cabeça e pescoço - que deu origem às células cancerígenas que afetaram os gânglios.