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O que é nutrição enteral?

O câncer de cabeça e pescoço muitas vezes traz ao paciente limitações na alimentação em razão das sequelas dos tratamentos indicados, como a quimioterapia, a radioterapia e a cirurgia, por exemplo. Entenda o que é nutrição enteral.


 

A perda de apetite e do paladar, a dificuldade em mastigar e engolir, as alterações gastrointestinais, a baixa imunidade, as náuseas e vômitos e até mesmo a necessidade da realização de uma traqueostomia ou a retirada cirúrgica de um tumor na região da boca ou garganta que altera a estrutura responsável pela deglutição são alguns dos responsáveis por esses impactos.


Quando ocorrem essas limitações, adotar intervenções nutricionais e nutrição enteral (dieta via sonda) é uma das alternativas mais eficazes para que os pacientes mantenham a alimentação necessária.


A nutrição enteral ocorre por meio de uma sonda, um tubo flexível que é posicionado ou implantado no intestino ou no estômago. A dieta tem consistência líquida, mas mantem o mesmo valor nutricional de uma alimentação convencional, ou seja, contém os nutrientes necessários, como vitaminas, proteínas, carboidratos, gordura, água e minerais. Ela não é  oferecida somente em ambiente hospitalar, pode ser administrada em casa, normalmente.


Alguns pacientes podem, a médio e longo prazo, voltar a se alimentar normalmente pela boca, já outros irão precisar desse tipo de alimentação ao longo da vida.

Conheça os tipos de sondas disponíveis:


  • Sonda nasoenteral em posição gástrica: o tubo flexível é introduzido pelo nariz e ligado ao estômago

  • Sonda nasoenteral em posição intestinal: o tubo flexível é introduzido pelo nariz e ligado ao intestino

  • Gastrostomia: é ligada diretamente no estômago por um pequeno orifício no abdômen

  • Jejunostomia: é ligada diretamente no jejuno, parte do intestino delgado que está localizada entre o duodeno e o íleo, por um pequeno orifício no abdômen

  • Vamos conhecer os tipos de dieta


Cada paciente possui uma necessidade nutricional específica, por isso, a definição dessa dieta é personalizada para cada caso, considerando a condição clínica e física de cada paciente.


  • Dieta caseira: é preparada em casa com alimentos como carne, frango, arroz, leite, legumes. Deve-se ter um controle muito rigoros em relação à higienização dos alimentos e do processo de preparo. Os alimentos devem ser cozidos, liquidificados, coados e diluídos. Assim que preparada, essa dieta deve ser guardada em geladeira por até 12 horas

  • Dieta industrializada: dietas prontas para o uso. Podem ser líquidas ou em pó para diluição em água. A dieta quando aberta deve ser guardada na geladeira por até 24 horas. A porção de dieta que será utilizada deve ser retirada cerca de 30 minutos antes da geladeira, permanecendo em temperatura ambiente e não devendo ser aquecida.

 

Possíveis complicações da dieta


Podem surgir algumas complicações na utilização da dieta enteral. Entre elas estão problemas com a sonda como obstrução, além de infecções como pneumonia de aspiração do alimento. Também podem ocorrer, desidratação, déficit de vitaminas e minerais, desequilíbrio de nutrientes, diarreia, refluxo, prisão de ventre, náuseas e vômitos.


Por isso, é fundamental que haja o acompanhamento da equipe médica e de nutricionistas para avaliar qualquer intercorrência.

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